Oficinas Literárias: fraude ou negócio sério?

Esse tema, ao menos no meio que frequento, gera algumas discussões. Rendeu mais, até um livro do Dacanal chamado Oficinas Literárias: fraude ou negócio sério? Ele chega até a classificar as oficinas em quatro tipos. Não ficarei descrevendo os elementos dessa divisão, mas deixo a dica de leitura, não sem antes dizer que o Dacanal é um autor considerado "polêmico". A mim não assusta, mas quem gosta de muito equilíbrio e polidez, talvez se incomode. Era isso... 

Algumas explicações

Entusiasmado com as cadeiras do curso de Especialização em Literatura Brasileira da UFRGS e com alguns comentários (sinceros) de amigos, resolvi começar a postar mais textos meus no blog. Textos estes sobre temas que julgo importantes e também produções minhas, agora retiradas da gaveta, mesmo sabendo que o problema do Z na horizontal seja a infinidade de significações dados ao N. Não pretendo me imiscuir em discussões sobre teorias literárias consagradas e/ou superadas. A academia, me parece, é o espaço apropriado para tal. Para mim, assim como para Eagleton, Literatura é o que a sociedade considera como tal, ou seja, a ideologia vigente. Mas nem por isso deixo de torcer o nariz para o que considero de "más-infestações literárias", adulterando Antônio Cândido, crítico com o qual mais concordo do que discordo. Infelizmente, por uma pretensa ideia de aceitação e inclusão indiscrimianda da diversidade, a Literatura e, por que não, também foi vítima dessa "onda" (como diz Moretti) de homogeneização e mediocridade (adjetivo meu). Mas isso não me assusta. O crítico mais sensato é o próprio tempo. Espero encontrar novos escritores que me façam guardar os clássicos na estante. Enquanto não aparecem, vou ler o Dante. Por hora é o que há...