Perdi a inocência e com ela o sorriso.
Não me encantam mais as letras imaginárias manchadas no muro
em dias de chuva.
Ou então perderam-me...
Sei que nada restou.
Nem mesmo o amor, esse sistema de erros, sorrindo ao longe
e que insiste em me visitar como parente distante,
esquecido,
indesejado.
Agora saúdo apenas a orquestra que vai baixando de tom...
Assim fluida...
Menor,
Bemol,
palavras duras e fortes em voz mansa.
Não reajo.
Baixo os olhos, apanho a carteira de cigarros, empurro os
farelos para o chão.
Aceito.
Sei o preço exato de não se ter mais que sete anos...
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