O boteco dos desejos anuncia o último dia de tudo:
quadros, cigarros, fotos, livros, coxas, nádegas, seios e ventres gastos e murchos.
Um gago grita: - Dá-me um pouco do calor da vida! Quero me lambuzar!
Ninguém o escuta, ninguém o entende.
Os velhos se revoltam pelo ressecamento do sentido, do corpo.
Ainda uma vez querem carne, nervo, sexo, sono.
Mas não há sortimento.
Morreu a poesia?
Ou partiu-se o verso em mil esperanças?
Nenhum comentário:
Postar um comentário