segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Domesticação


Ali de chinelinhos à porta
consistente, áspera e pegajosa:
a vida e a sua obscenidade estúpida.
Vestida com retalhos da roupa de domingo
ainda quer salvar minúsculos minutos.
Gargalho.
Ela me desafia:
Usa agora, poeta, a tua melhor palavra.
Palpite: esse poema virou ofensa pessoal.

3 comentários:

  1. A vida presa na escuridão do corpo,
    o corpo preso no duvidoso amanhã,
    a fagulha de luz no cotidiano rasgado das fotos antigas.
    Prabéns meu amigo Carlos Rosa

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  2. Então um poeta...drummondiano, diria. Sem concessões. E já pronto. Beijo!

    Lígia

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